LiteraCaxias (Conheça os autores) - Adriana Igrejas

II LiteraCaxias – Conheça os autores

Por Marlon Souza.

Falta um pouco menos de um mês para a segunda edição do LiteraCaxias, e todos estamos curiosos para conhecer um pouquinho mais sobre os autores que participarão dessa edição, que está mais de especial.

Conheça Adriana Igrejas

Adriana Igrejas professora de Literatura, português e inglês e escritora. A carioca autora de “A babá gótica”, “Encontros e Desencontros” e “A fórmula da vida”.

Estúdio Literário – Então nos conte um pouco sobre você?

Adriana Igrejas – Oi. Sou professora. Leciono Literatura, Português e Inglês no ensino médio. Letras foi uma escolha de alguém que pensava já em ser escritora. Era isso ou jornalismo. Sou também dona de casa, esposa e mãe, uma pessoa comum, que sempre que pode, também escreve.

Estúdio Literário – Então me conte como surgiu essa vontade de escrever? Geralmente muitos autores criaram esse desejo a partir de um livro. Quais são suas inspirações?

Adriana Igrejas – A vontade de escrever começou com os textos que eu lia nos livros de Português na escola. Comecei escrevendo versinhos, aos sete/oito anos. Depois dos dez, comecei a escrever histórias. Comecei a ler muitos livros da biblioteca e tive vontade de criar histórias como aquelas.

De minha participação, podem esperar que vou estar lá 100% com vocês de coração e disposta a ajudar nossa literatura!

Estúdio Literário – Então você começou a escrever praticamente desde sempre. Quantos livros você já escreveu, lançados ou não?

Adriana Igrejas – Eu escrevi os que lancei: três. - A fórmula da vida, Um apartamento com vista para o mar e outras histórias e A babá gótica. Porque as outras histórias que escrevi ainda eram muito pueris para serem considerados livros. Mas tive participação em 8 antologias de contos. Ah, me lembrei agora que tenho um infanto-juvenil escrito ainda não publicado...

Estúdio Literário – Com esse currículo de três livros, e participação de oito antologias como você, como autora, ver o mercado editorial brasileiro?

Adriana Igrejas - O mercado editorial brasileiro ainda é muito difícil para o autor nacional. As boas e grandes editoras, na maioria das vezes, esperam o autor batalhar sozinho, fazer seu nome primeiro, para depois dar uma chance a ele. Investem pouco nesse autor e esperam que ele se faça e se venda sozinho... Mas está mudando e acho que num futuro próximo, estará mais fácil para esse autor.

Estúdio Literário – E então como você ver eventos como o LiteraCaxias? O que podemos esperar de sua participação do Litera?

Adriana Igrejas – Vejo como oportunidades que o autor tem para apresentar seu trabalho, divulgar seus livros. É também uma forma de aproximação com os leitores, de uma forma mais tranquila que numa Bienal, por exemplo... É também ótimo para trocar ideias, ver o que os leitores esperam de você e dos autores em geral. Ainda há a possibilidade de conhecer outros autores, rever outros e fazer amizades entre autores, leitores e blogueiros etc. De minha participação, podem esperar que vou estar lá 100% com vocês de coração e disposta a ajudar nossa literatura! 

Contato da autora: http://adrianaigrejas.blogspot.com.br/ 

Pessoal, fiquem ligados que daqui a pouco teremos novas entrevistas. Não se esqueçam de se inscrever no canal e curtir o Estúdio Literário no facebook.

LIVRO x FILME - O diário de Carson Phillips por Chris Colfer

Blog: Estúdio Literário
LIVROxFILME: O diário de Carson Phillips
Autor: Chris Colfer
Editora: Benvirá
Lançamento: 2012
Direção: Brian Dannelly
Atores Principais: Chris Colfer, Rebel Wilson, Christina Hendricks
Nacionalidade: E.U.A.
Gênero: Drama, Comédia

Sinopse: Carson Phillips está - graças ao bom Deus - no último ano do colégio e prestes a realizar um dos maiores sonhos de sua vida: estudar jornalismo na Universidade de Northwestern e deixar a pequena cidade de Clover e sua família problemática para trás.

Mas, para isso, precisa sobreviver ao último ano, parar de questionar a autoridade dos professores e do diretor e, o que é mais importante, convencer seus colegas a participar de uma revista literária, que ele acredita ser seu passe de entrada para a universidade.

Como esperado, nenhum estudante - além de Malerie, sua fiel escudeira - se interessa em colaborar. E, já que ninguém vai por bem, Carson é obrigado a usar de meios um tanto reprováveis. Munido dos segredos obscuros dos alunos mais populares do colégio, Carson e Malerir iniciam uma caçada para conquistar colaboradores.

Engraçado e inteligente, O diário de Carson Phillips mostra o dia a dia das "trincheiras" - como Carson chama os corredores do colégio - e traz à tona, de maneira espirituosa, as relações complexas, e muitas vezes hilárias, que acontecem dentro das escolas.

Esta história, que começou nas tela, teve seu roteiro assinado por Colfer, que também protagoniza o filme ao lado de Allison Janney, Christina Hendricks, Dermot Mulroney, Sarah Hyland e Allie Grant.

Olá pessoal, tudo certinho? Então hoje vamos fazer um FILMExLIVRO e o da vez é O diário de Carson Phillips de Chris Colfer.

O livro

O livro é organizado como um diário, assim como o nome no título deixa claro, então cada capítulo é uma data, geralmente a data que aconteceu tais fatos que ele está ali descrevendo.

Então quem é Carson Phillips? Carson é um garoto que está no último ano do ensino médio e tem um sonho. Ele sonha em ser jornalista, mas não um jornalista qualquer. Ele sonha em ser editor da New Yorker, que é uma grande revista americana, além de ser o jornalista mais novo a contribuir para diversos outros lugares. Um sonho comum. Só que não! Ele precisa ser aceito na Universidade de Northwestern, para conseguir realizar seu sonho e sair da sua cidade, Clover, que ele odeia.

Então ele é presidente do clube da leitura, editor do jornal da escola e odiado por todo mundo, incluindo alunos, professores e o diretor. Carson tem opiniões próprias e não tem medo de deixá-las claras para quem quer que seja. E isso irrita a todos. Fazendo o jornal e o clube serem os piores locais da escola.

Então as coisas mudam de figura quando ele fraga dois alunos na maior pegação no banheiro masculino e decide chantagea-los. Depois de um tempo ele descobre que jornais escolares virou muito comum para que pudesse ganhar uma vaga na escola, e com a ajuda da orientadora da escola ele decide iniciar uma revista literário, porém nenhum aluno aceita escrever para a revista, provavelmente pelo fato dele ser odiado.

Então ele decide chantagear os alunos mais populares da escola e até um professor, já que ele descobriu todos os segredos de cada um deles.

O que posso dizer desse livro? Fantástico. O Chris consegue criar um personagem muito real, e totalmente amado e odiado. Repleto de sarcasmo, do inicio ao fim. Um leitura super tranquila e divertida, ótimo para quem está em uma ressaca literária ou meio desanimado. E com um final inesperado.

A escrita do Chris é excelente. Super tranquila e direta.

O Filme

Todos os filmes baseados em livros deveriam ter os roteiros assinados pelos próprios escritos, talvez com exceção de Divergente, (já que os filmes são melhores que os livros). Porque o filme foi fantástico, o roteiro impecável, não faltou absolutamente nada, nenhum ponto importante para a trama em geral. Nenhuma cena importante foi cortada, pelo menos não que lembre. E tiveram muitas cenas que não estavam incluídas no livro que estiveram no filme.

A organização do livro é como se fosse um diário, então só sabemos o que o Carson escrever ali. Nada além. Já no filme temos várias cenas em que o Carson não está. O que mudar muita coisa.

O filme já começa com o final. Já na primeira cena todos sabemos como terminará a história. E o desenrolar desse final nas últimas cenas do filme foram perfeitas, principalmente a mãe de Carson. A atuação dela é de tirar o chapéu.

Na verdade a atuação de todos no filme, parecia que essa história foi escrita para aqueles atores, cada personagens pensado nos mínimos detalhes e isso foi brilhante. A direção do filme também é excelente. Assim como a fotografia. Um filme ótimo por todos os motivos.

Sugiro que todos leiam o livro e depois assistam ao filme. Ou vise e versa.

E esse foi o LIVROxFILME de hoje, espero que gostem, não deixem de se inscreverem no blog. Até Mais.

Apresentação + Vingança Redentora (parte 1)

Olá, galerinha! Como estão? Espero que bem. Para aqueles que não me conhecem, meu nome é Ju Cardoso, tenho 22 anos, sou cadeirante e autora do livro Rascunhos da Ju - minha primeira obra literária publicada pela Autografia Editora -, que teve seu lançamento no último dia 12/09.

Fui convidada pelo Marlon a fazer parte da equipe deste blog tão inovador que é o Estúdio Literário. Aqui compartilharei meu trabalho como escritora, além de dicas e opiniões sobre artes em geral.
E, para começar, trago o conto Vingança Redentora: uma história que mostra quão grande é o poder do amor. Por ser um pouquinho grande, ele será dividido em algumas partes.Bom, vou parar de enrolar aqui e ir logo ao que interessa... rs

Vingança Redentora (parte 1)

– Se é desta forma que ele quer, assim terá. Deus sabe o quanto quis esquecer e tentar sobreviver com as migalhas que nos restaram. Mas, agora que minha mãe adoeceu, não dá mais: preciso reivindicar o que, por direito, é nosso e aquele pulha simplesmente roubou. Se conversar – implorar, melhor dizendo - não adiantou nada, vamos ver o que consigo atingindo seu bem mais precioso.

Com o ódio fervilhando em seus olhos, Armando observava uma das janelas da grandiosa mansão do Sr. Leopoldo Castro através de um volumoso arbusto que o escondia por completo.

A noite estava quente, as estrelas brilhando no céu. A jovem Joana, única e adorada filha de Leopoldo, cantarolava uma melodia suave enquanto admirava a Lua redonda e prateada no céu negro da noite. Mal sabia o que a aguardava.

– Perdoe-me senhorita, não quero incomodá-la, mas necessito urgentemente de sua ajuda. - disse Armando, aproximando-se do parapeito da janela de Joana. Ficou impressionado com tamanha beleza, porém, não podia deixar que isso o desviasse de seu objetivo.

– O que o senhor quer de mim? Não deveria estar em meus jardins tão tarde da noite. Acho que devo chamar meu pai... – deu um passo para trás. Era um homem bonito, mas com certo mistério no olhar, notou Joana. Algo em seu interior dizia que ela deveria se afastar daquele estranho enigmático, todavia quanto mais o mirava mais se sentia atraída por aqueles olhos negros. 

Armando percebeu tal reação e aproximou-se mais da janela.

– Por favor, não faça isso. Não quero lhe fazer mal, apenas preciso de ajuda com minha irmã caçula que está doente. Minha casa fica perto do lago, não é muito longe daqui. Por favor, não quero que ela morra! – mentiu Armando, torcendo para que a moça se comovesse com sua história.

– Por que não chamou um médico? - Joana questionou, desconfiada.

– Não sabia o que fazer. Vim correndo por dentro do bosque até que cheguei aqui em seu jardim e vi luz em sua janela. Não tenho muito tempo, por favor, venha comigo. Joana não sabia o que pensar.

Nem sabia o nome daquele homem de pé defronte sua janela, como poderia saber se estava falando a verdade? Talvez mentisse e só quisesse se aproveitar dela, fazer-lhe mal e extorquir dinheiro de seu pai.

De qualquer forma, ele havia mencionado uma criança, sua irmãzinha estava muito doente. Ninguém seria capaz de inventar uma mentira envolvendo a saúde de um ser tão inocente. Ou seria?
Com um suspiro, ela olhou no fundo daqueles olhos negros como a noite e tomou sua decisão.

Armando viu várias emoções passarem pelo rosto da jovem moça: medo, dúvida, compaixão e – sim, não estava enganado – uma leve excitação.

Na cidade de Zerdália, Joana era muito conhecida, mas não apenas por ser a única herdeira do homem mais rico e influente, que era temido por todo e qualquer cidadão por causa de suas atitudes violentas para com os pobres e falta de respeito às mulheres. A bela dama era totalmente o oposto de seu pai.

Sempre tratava as pessoas com o máximo de carinho e respeito possíveis e crianças eram seu ponto fraco. Muitas vezes, saíra escondida de seu pai para cuidar do filho doente de algum vizinho menos favorecido. Joana sempre procurava ajuda ao próximo. E foi baseado em sua demasiada solidariedade, que Armando armou todo o plano de vingança contra Leopoldo.

Joana era a única pessoa que o atingiria de verdade.
Esperou enquanto observava as feições da moça alterando-se.

– Espere um minuto. – ela finalmente respondeu, adentrando o quarto. Armando observou, alarmado. Será que ela chamaria o pai? Certamente não. Sua expressão não era a de quem faria algo assim; ela parecia resignada.

Voltou após alguns minutos vestindo uma capa de couro por cima de seus trajes de dormir, estava preparando-se para pular o parapeito.

– Não preciso de sua ajuda, posso muito bem me virar sozinha. – Joana disse no momento em que Armando se aproximava para ajudá-la. Ele imediatamente parou diante de seu tom ríspido.

– Serei eternamente grato por sua ajuda, senhorita. Não sabe o quão desesperado...

– Lembre-se de que faço isso apenas por sua irmã, nada mais que isso. – interrompeu-lhe – Portanto, vamos de uma vez antes que notem minha ausência. – desceu do parapeito e pousou os pés no chão sem fazer barulho.

Além de gentil, a moça era bem atrevida para uma dama da alta sociedade, mas ele teria bastante tempo para acabar com toda aquela petulância, Armando pensou com um sorriso malicioso brotando em seus lábios.

Resenha - Clube da Luta de Chuck Palahniuk

Blog: Estúdio Literário
Resenha: Clube da Luta
Autor: Chuck Palahniuk
Lançamento: 1996
Editora: Leya
Gênero: Ficção, Norte-americana

Sinopse: Considerado um clássico desde a sua publicação em 1996, Clube da luta é hoje reconhecido como um dos romances mais originais e provocativos de sua década. O humor negro de Chuck Palahniuk narra a história de um jovem funcionário que descobre que sua frustração e ira não podem ser acalmadas com o consumo desenfreado que a mídia oferece. Ele encontra alívio e redenção após horas de luta em pequenos clubes escondidos nos porões de bares da cidade. O clube da luta é idealizado por Tyler Durden, que acredita ter encontrado uma maneira de viver fora dos limites da sociedade e de suas regras sem sentido. Mas o que está por vir de sua mente pode piorar muito daqui para a frente.

Sobre o autor: Os livros de Chuck Palahniuk são Diário, Cantiga de ninar, Clube da luta (que se tornou filme nas mãos do diretos David Fincher), Sobrevivente, Monstros invisíveis, No sufoco, Assombro, Rant, Snuff, entre outros. Virou , após Clube da luta, um fenômeno cultuado e atende muitos de seus fãs pelo site The Cult: chuckpalahniuk.net Ele mora no estado de Washington.

Sobre o clube da luta:

1. Você não fala sobre o clube da luta 

2. Você não fala sobre o clube da luta 

3. Quando alguém diz "pare" ou fica desacordado, mesmo que esteja fingindo, a luta acaba

4. Apenas duas pessoas por luta

5. Uma luta por vez

6. Sem camisa e sem sapatos

7. As lutas duram o quanto tiverem que durar

 Olá pessoal, tudo certinho. Hoje vamos falar sobre o Clube da Luta de Chuck Palahniuk

Primeira coisa que você deve saber, Não se fala sobre o clube da luta. Então eu vou falar sobre o resto. (Risos)

Em Clube da luta, temos um personagem central que não tem nome, pelo menos não sabemos seu nome verdadeiro esse homem tem um trabalho e uma vida quase normal. Ele é doente e sofre de insônia, porém nada do que ele tente fazer ele consegue dormir bem. Então ele começa a arrumar jeitos de conseguir dormir, pelo menos por umas horas. Em seu trabalho ele começa a viajar para outros estados e ele consegue dormir durante os voos de uma cidade para outra. Outra Alternativa são as reuniões de grupos de apoios há pessoas doentes, como câncer, tuberculose, ou qualquer outro tipo de doença. Depois dessas reuniões ele consegue dormir tranquilo.

Então em determinada viagem ele conhece Tyler e sua vida muda por completo, quando volta para casa ele descobre que seu apartamento explodiu por algum motivo e ele estava sem casa, então decide ligar para Tyler, que lhe dera um cartão e vai até um bar, encontrá-lo.

Os dois se encontram e Tyler deixa esse conhecido morar com ele e eles se tornam grandes amigos. E assim é fundado o clube da luta.

Você não fala sobre o clube da luta.

A escrita de Tyler é fantástica, ele tem um humor negro e fala muita coisa real, ele usa da ficção, para fala da realidade, e isso é fantástico. O livro é muito bom, você consegue ler sem dificuldades, esse é um daqueles livros que começa bom e termina ainda melhor.

Com personagens únicos e reais e situações verdadeiras: Tyler e Marla, são os melhores personagens e são completamente bem desenvolvidos até o final. Eles crescem, assim como nosso personagem central. E todos os outros personagens que temos no decorrer do livro, e situações que são inseridas na história com total sintonia.

E o que falar do final do livro? Ele é perfeito, inesperado, surpreendente. Todos deveriam ler Clube da luta, por motivos inumerados.

Essa foi nossa resenha de hoje, espero que gostem, leiam Clube da luta, não vão se arrepender. Não se esqueçam de se inscrever aqui na página, precisamos da ajuda de vocês para continuarmos crescendo. Até mais!

Resenha - Selva de Gafanhotos de Andrew Smith

Blog: Estúdio Literário
Resenha: Selva de Gafanhotos
Autor: Andrew Smith
Lançamento (Brasil): 2015
Editora: Intríseca
Gênero: YA Contemporâneo; Fim do mundo.

Sinopse: Na pequena cidade de Ealing, no Meio-Oeste dos Estados Unidos, Austin Szerba e seu melhor amigo, Robby Brees, libertam acidentalmente um exército irrefreável. São louva-a-deus de um metro e oitenta, com exoesqueletos duros como o casco de um porta-aviões e patas armadas com farpas. Máquinas mortíferas à prova de balas, taradas e famintas. Uma ameaça capaz de consumir o planeta.

Essa é a verdade. Isso é história. 

É o fim do mundo e ninguém sabe o que fazer.

Engraçado, intenso e complexo, Selva de Gafanhotos mistura insetos gigantes, um cientista louco, um fabuloso bunker subterrâneo, um mal resolvido triângulo amoroso-sexual e muita, muita confusão - e está longe de tratar apenas do fim do mundo.

"Você nunca leu nada igual" - John Green

Olá pessoal, tudo certinho?!

Hoje vamos falar um pouco do livro 

Selva de Gafanhotos de Andrew Smith.

Com certeza o livro mais maluco que já li na minha vida. Andrew Smith consegue contar uma história insana sobre o fim do mundo, falar sobre o que é ser adolescente e escrever um livro incomparável.

Em Selva de Gafanhotos temos Austin que é um garoto normal de sua cidade, a não ser pelo fato de gostar de contar histórias, como ele diz: “Li em algum lugar que os seres humanos têm predisposição genética para registrar a História. Acreditamos que isso pode evitar que façamos idiotices no futuro...”. E é através de sua voz que conhecemos a história de Selva de Gafanhotos.

A escrita de Andrew Smith é completamente diferente de qualquer livro que já tenha lido, mas mesmo com a diferença na narração a história ganha um tom que faz qualquer um querer continuar lendo até chegar ao final da história.

Ele conseguiu amarrar muito bem todo o enredo, com personagens complexos e muito reais, poderia disser assim.

Cada personagem com seus dramas e particularidades.

Primeiro temos Austin, que é “confuso sexualmente”, nutrindo uma paixão por sua namorada e por seu melhor amigo e companheiro das loucas aventuras do fim do mundo Robby.

O livro é super engraçado, mesmo tento um tom de terror por causa dos insetos gigantes que comem quem quer que atravessasse seu caminho. Porém além de comer eles gostavam de “trepar”. E aí vem um problema muito grave, esses gafanhotos gigantes estavam se reproduzindo e isso significava que o fim do mundo era iminente.

Mas Andrew Smith não dá ponto sem só. Com a trama toda amarrada ele consegue explicar o início, meio e o fim dessa praga. E como eles podem ser derrotados. E como a vida de Austin e Robby estão tão envolvidas durante toda a trama.

Um livro que deve ser lido por todos os motivos, divertido e perigoso, ótimo para passar o tempo e fazer pensar em muitas coisas. Selva de gafanhotos vai além do fim do mundo, mesmo tendo isso como trama principal.

Então pessoal essa foi a resenha de hoje, espero que gostem, Até mais.

Três filmes: Sobre Superação

Olá pessoal, tudo certinho? Hoje vamos dar umas dicas super legais, três filmes sobre superação e que eu acho que todos deveriam assistir.

1º Filme: Quase Deuses 

2º Filme: O Impossível

3º Filme: O diabo veste Prada

Resenha - O Vilarejo por Raphael Montes

Blog: Estúdio Literário
Resenha: O Vilarejo
Autor: Raphael Montes
Lançamento: 2015
Editora: Suma de Letras
Gênero: Terror

Sinopse: No vilarejo, falar que o pecado mora ao lado é mais do que um dito popular: é uma grande verdade ameaçadora da qual os moradores se dão conta pouco a pouco. E, para alguns, é tarde demais. Como resistir ao mal? à luxúria, à ganância, à ira? Como não ceder aos pecados da carne quando o frio castiga, quando o frio e a fome tomam conta, quando uma força maior parece conspirar e rodear os moradores para que eles se entreguem a seus piores instintos.

          

A cada capítulo, conheça a história de um habitante, e como todas elas se entrelaçam para formar uma narrativa perturbadora e fascinante sobre nossa infinita capacidade de crueldade e compaixão.

         

 Em narrativas que exploram as profundezas mais sombrias da alma humana, Raphael Montes narra com destreza a velha disputa entre o bem e o mal, a vida e a morte, a tentação e a salvação.

           

Descubra o que acontece no vilarejo quando a noite cai, as portas se fecham, e sua única companhia - e seu maior inimigo - é você mesmo.

Olá pessoal, tudo certinho? O blog ficou um pouquinho em off, mas estamos voltando com força total e não podíamos começar sem falar d’ O Vilarejo de Raphael Montes, um dos melhores livros que li esse ano.

O Vilarejo é um livro de contos, especificamente sete. Esses contos são baseados em sete demônios: Asmodeus, Belzebu, Mammon, Belphegor, Satan, Leviathan e Lúcifer e cada demônio representa um dos sete pecados capitais: luxúria, gula, ganância, preguiça, ira, inveja e soberba. Cada conto representa um demônio ou pecado capital.

No início d’ O Vilarejo tem um prefácio, escrito por Raphael Montes, que conta a história de como esses contos chegaram a suas mãos, através de um sebo e que ele precisou traduzir os cadernos onde esses contos estavam escritos, que ele foi o tradutor dos contos. E isso tem um grande significado no final.

A escrita do Raphael não deixa em nada a desejar, é perfeita. Enquanto vamos lendo cada conto, mesmo se não nos lembrarmos qual pecado cada demônio representa, em poucos capítulos conseguimos associar qual é o pecado da vez.

Também no prefácio somos informados que os contos não seguem uma lógica e podemos ler em qualquer ordem. Particularmente, eu os li na ordem que estava no livro, segui reto e direto e acho que a ordem que o Raphael colocou foi fantástica e talvez se for ler em outra ordem, o enredo geral do livro não funcione muito bem.

Os contos não estão em uma ordem cronológica, tem histórias que aconteceram há anos, de outras. Personagens que são crianças em determinado conto em outros já são adultas. Então sabemos que não é algo que acontece de um dia para o outro e sim gradativamente. Um forte ponto da narrativa, além de muitos outros é o próprio vilarejo e os moradores. Acho que depois do terceiro conto, estamos tão envolvidos com o ambiente e os personagens que a leitura passa muito mais rápido.

O trabalho gráfico do livro é fantástico, as ilustrações representam perfeitamente cada conto, a diagramação. Um detalhe que achei muito bom foi as gotas de sangue em algumas páginas, nas páginas que narram as cenas mais fortes e cruéis. Isso foi um toque de gênio, seja lá quem teve essa ideia.

O final do livro é inesperado e segue a grandeza de toda a narrativa e o que falar do Posfácio? Sem palavras. O livro é foda, todos deveriam ler, principalmente fãs de terror. Raphael Monte é um gênio da literatura, e “O Vilarejo” só está aí para consagra-lo mais uma vez, como o mestre do terror brasileiro.

Pessoal essa foi a resenha de hoje, espero que gostem dessa dica. Até mais.